O Salmo 12 é um desabafo de quem olha ao redor e se pergunta onde foi parar a verdade. Davi começa dizendo: “Socorro, Senhor, porque já não há homens piedosos; desapareceram os fiéis entre os filhos dos homens.” É o retrato de um tempo em que as palavras perderam o peso e a sinceridade virou exceção. As pessoas falam com lábios enganadores, com corações duplos — dizem uma coisa e pensam outra.
É como se Davi estivesse descrevendo o nosso tempo também. Vivemos cercados por discursos vazios, promessas quebradas e aparências. O Salmo 12 não é apenas uma queixa; é uma oração de quem sente o peso da falsidade, mas ainda acredita que Deus é capaz de restaurar a verdade.
Davi pede que o Senhor corte os lábios mentirosos e cale as vozes arrogantes que dizem: “Com a nossa língua prevaleceremos; nossos lábios estão conosco; quem será senhor sobre nós?” — é a arrogância de quem acha que pode manipular tudo com palavras.
Mas Deus responde. Ele diz: “Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, Eu me levantarei.” Essa é a virada do salmo: quando a mentira domina, Deus se levanta em defesa dos que sofrem.
Enquanto as palavras humanas são voláteis e corrompidas, a palavra do Senhor é pura, “como prata refinada em forno de barro, purificada sete vezes”. Ou seja, perfeita, sem falsidade, sem engano. É nela que o salmista encontra refúgio — não nas promessas dos homens, mas nas promessas de Deus.
No fim, o salmo lembra que os ímpios continuam por toda parte, mas o Senhor guarda os que Lhe são fiéis. Mesmo em meio à falsidade, é possível manter o coração íntegro. O mundo pode mentir, mas a verdade continua viva em quem escolhe andar com Deus.
Que essa oração seja também a nossa: que o Senhor nos livre das palavras falsas, nos proteja da hipocrisia e renove em nós o desejo de viver com verdade.
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