O Salmo 10 começa com uma pergunta que muitos já fizeram: “Senhor, por que estás tão longe? Por que te escondes nos momentos de aflição?”. É a voz de quem olha em volta e vê a maldade prosperando, os arrogantes dominando e os inocentes sendo esmagados. O salmista descreve com precisão o comportamento dos poderosos injustos — gente que se gaba da própria ganância, despreza o outro e age como se Deus não existisse.
Essa sensação de impunidade não é nova. Desde os tempos antigos, há quem confunda o silêncio de Deus com ausência. O Salmo 10 é um lembrete de que o olhar divino nunca se fecha. Ele observa, com paciência, os atos e intenções de cada um. E quando chega a hora, o equilíbrio é restaurado.
Há uma passagem forte que diz: “Tu o viste, Senhor; observas o sofrimento e a aflição para tomá-los em tuas mãos”. É o ponto de virada. O salmista entende que, embora o mal pareça vencer, ele só dura até o limite da justiça divina. A força do texto está justamente nisso — em mostrar que Deus não esquece os oprimidos nem deixa os poderosos impunes.
Essa mensagem continua atual. Em um mundo cheio de desigualdade, corrupção e abuso de poder, o Salmo 10 lembra que nenhuma injustiça é eterna. A arrogância tem prazo. E o mal, mesmo disfarçado de sucesso, tem data para cair.
Quando a justiça parece distante, esse salmo nos convida a confiar. Ele é um apelo à fé e à paciência. Um chamado para manter a esperança viva, mesmo quando a realidade parece torta.
O Salmo 10 termina com a certeza de que Deus ouvirá o clamor dos humildes e trará juízo sobre quem oprime. É o tipo de texto que renova a coragem — o lembrete de que, no final, o bem vence.
A injustiça pode até reinar por um tempo, mas nunca para sempre.
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