Mohandas Karamchand Gandhi nasceu em 1869, na cidade de Porbandar, Índia, em uma família de tradição religiosa e política. Ainda jovem, viajou para Londres, onde estudou Direito. Foi durante sua estada no exterior que teve contato com novas ideias filosóficas e espirituais, como os escritos de Tolstói, os ensinamentos de Jesus e a filosofia hindu, que moldaram sua visão de mundo.
Depois de concluir os estudos, Gandhi foi trabalhar na África do Sul. Lá, viveu de perto a discriminação racial contra a comunidade indiana. Ao enfrentar episódios de preconceito, decidiu lutar contra a injustiça, mas sem recorrer à violência. Foi nesse período que desenvolveu os princípios do satyagraha – a “força da verdade”, baseada na resistência pacífica.
De volta à Índia, Gandhi se tornou o líder mais influente do movimento pela independência do país, que na época estava sob domínio britânico. Ele acreditava que o caminho para a liberdade não deveria ser pela guerra, mas sim pela resistência pacífica, boicotes econômicos, greves e manifestações não violentas. Sua postura inspirou milhões de indianos a desafiar o poder colonial de forma inédita.
Um dos episódios mais marcantes foi a Marcha do Sal, em 1930. Gandhi caminhou mais de 300 quilômetros até o mar, acompanhado por multidões, para produzir sal em protesto contra o monopólio britânico. Esse ato simbólico mobilizou o mundo inteiro e mostrou a força de sua estratégia pacífica.
Apesar de ser preso diversas vezes, Gandhi nunca abandonou sua convicção de que a não violência era mais poderosa que qualquer arma. Sua vida simples, sua disciplina espiritual e sua firmeza moral lhe renderam o título de “Mahatma”, que significa “grande alma”.
A independência da Índia foi alcançada em 1947, em grande parte graças ao impacto de sua liderança. No entanto, Gandhi não viveu para ver plenamente os frutos de sua luta. Em 1948, foi assassinado em Nova Déli por um extremista que discordava de suas ideias de conciliação.
O legado de Gandhi permanece vivo até hoje. Sua mensagem de paz e resistência não violenta continua a inspirar líderes, movimentos sociais e pessoas comuns que buscam transformar o mundo sem recorrer à violência.
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