O livro de Provérbios traz uma sabedoria prática que atravessa o tempo. No capítulo 11, versículo 25, lemos: “A alma generosa prosperará, e aquele que dá de beber será dessedentado.” Essa simples frase guarda uma profunda verdade sobre a vida: aquilo que entregamos ao mundo, de alguma forma, retorna para nós.
Vivemos em uma sociedade onde muitas vezes o foco está em acumular, reter e pensar primeiro em si mesmo. No entanto, este provérbio nos convida a olhar para o outro, a perceber que a generosidade não diminui o que temos — ao contrário, cria um ciclo de abundância. Quem ajuda, quem doa tempo, atenção ou recursos, descobre que esse ato gera frutos inesperados.
A lógica do amor e da bondade é diferente da lógica do egoísmo. Quando escolhemos ser generosos, estamos plantando sementes em solo fértil. Às vezes, o retorno vem em forma de gratidão, outras vezes em oportunidades que surgem, em relacionamentos fortalecidos ou até mesmo em paz interior. A bênção não é apenas material; muitas vezes é algo invisível, mas que transforma nosso modo de viver.
Esse versículo também nos lembra que não somos apenas receptores no fluxo da vida. Somos canais. Assim como a água que corre e refresca, a generosidade precisa fluir através de nós. Se ela estagna, perde seu poder. Mas quando circula, alcança outras pessoas e, de forma natural, volta a nos alcançar.
Na prática, isso significa pequenos gestos diários: ouvir alguém com atenção, compartilhar conhecimento, estender a mão quando alguém precisa, oferecer palavras de encorajamento. Nada disso se perde. Pelo contrário, tudo retorna de uma maneira ou de outra, pois o amor e a bondade têm esse poder de multiplicação.
Provérbios 11:25 é, portanto, um lembrete de que a verdadeira prosperidade não está apenas em receber, mas em dar. É um chamado a viver com generosidade, porque é nesse movimento que descobrimos o quanto somos, de fato, abençoados.
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