No Evangelho de Lucas, Jesus conta a parábola de um homem que plantou uma figueira em sua vinha. Durante três anos, ele foi até a árvore procurar frutos, mas não encontrou nenhum. Diante da frustração, decidiu cortá-la, pois ocupava o solo sem dar retorno. Porém, o agricultor pediu mais um tempo: cuidaria dela, adubaria e daria atenção extra. Se ainda assim não desse frutos, então seria cortada.
Essa narrativa simples carrega uma lição poderosa. A figueira representa cada um de nós, e os frutos simbolizam os resultados de nossas escolhas, atitudes e comportamentos. Viver não é apenas existir — é deixar marcas, produzir algo que vá além de nós mesmos.
A parábola também mostra duas perspectivas importantes. De um lado, há a expectativa de resultados: não faz sentido permanecer estagnado, sem crescimento, sem impacto. De outro, existe a paciência e a misericórdia, representadas pelo agricultor que pede mais tempo e cuidados. Essa dualidade nos convida a refletir sobre responsabilidade e oportunidade.
Quantas vezes adiamos decisões importantes, esperando que a vida mude sozinha? A figueira nos lembra que é preciso cultivar, trabalhar, regar e adubar para que os frutos apareçam. Não basta apenas estar enraizado — é necessário gerar resultados.
Ao mesmo tempo, a parábola mostra que sempre há chance de transformação. Assim como a figueira recebeu mais um período para florescer, também recebemos oportunidades para mudar, corrigir caminhos e recomeçar. Cada dia é uma nova chance de se tornar produtivo, de oferecer algo de valor para os outros e para si mesmo.
A grande questão levantada por essa história é direta: sua vida está dando frutos? Se sim, continue cultivando. Se ainda não, veja o tempo que tem hoje como a oportunidade de mudar. Afinal, o sentido da vida está ligado a deixar um legado, seja por meio de pequenas ações, palavras de incentivo ou atitudes que impactam positivamente quem está ao redor.
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