Jesus narrou a parábola de um homem que plantou uma vinha com todo cuidado: cercou-a, construiu um lagar e levantou uma torre para protegê-la. Depois, arrendou o lugar a lavradores e viajou. Quando chegou a época dos frutos, enviou seus servos para receber sua parte. Mas, em vez de entregar o que era justo, os lavradores maltrataram os enviados: a uns espancaram, a outros mataram.
O dono, ainda paciente, mandou novos servos, mas o resultado foi o mesmo. Então, decidiu enviar seu próprio filho, acreditando que, pelo menos a ele, respeitariam. Porém, tomados pela ambição, os lavradores tramaram: “Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e ficar com a herança”. E assim fizeram, lançando-o para fora da vinha.
Essa parábola, registrada em Mateus 21, revela um contraste marcante: o cuidado do dono e a ingratidão violenta dos lavradores. É uma metáfora do relacionamento humano com Deus, mas também serve como espelho para nossas atitudes cotidianas.
A grande lição está na ingratidão. Os lavradores esqueceram que a vinha não lhes pertencia. Tinham recebido tudo pronto, mas preferiram agir como donos, tomando o que não era deles. Essa postura mostra como o egoísmo e a ambição podem corromper a percepção da realidade.
Na prática, quantas vezes somos como esses lavradores? Recebemos oportunidades, recursos, saúde, relacionamentos — mas, em vez de reconhecer e cuidar, agimos como se tudo fosse fruto exclusivo do nosso esforço. A ingratidão nos cega, levando à injustiça e ao isolamento.
Outro ponto essencial é o perigo de desprezar o que nos é enviado como alerta. Os servos e o filho representam lembretes, oportunidades de mudança que muitas vezes ignoramos. Cada recusa é um passo em direção ao endurecimento do coração.
No fundo, a parábola mostra que ingratidão nunca termina bem. Ela destrói vínculos, corrói relacionamentos e, mais cedo ou mais tarde, cobra um preço alto.
A história dos lavradores maus é um chamado à consciência: reconhecer que tudo o que temos é, em parte, cuidado recebido. A resposta adequada não é violência ou egoísmo, mas gratidão e responsabilidade.
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