Em Mateus 24, Jesus descreveu um servo escolhido para cuidar da casa e dar alimento na hora certa. Se ele permanecesse fiel, cumprindo sua função mesmo sem a presença do senhor, seria recompensado e colocado sobre todos os bens. Mas, se fosse negligente e pensasse: “meu senhor demora”, passando a agir com descuido e violência, seria surpreendido em má conduta e receberia condenação.
Essa parábola fala sobre responsabilidade contínua. O servo fiel e prudente não se guia pela aparência nem pela vigilância do patrão, mas pela consciência de que seu dever não depende de quem está olhando. Ele é consistente, porque entende que sua função tem valor em si mesma.
Na vida real, isso significa viver com integridade. Ser fiel não é apenas cumprir grandes tarefas, mas agir com dedicação em coisas simples: ser honesto no trabalho, manter disciplina no estudo, tratar os outros com respeito, cuidar do que está sob nossos cuidados. O “pouco” pode parecer insignificante, mas revela nosso caráter.
Jesus acrescenta que a fidelidade no pouco abre portas para o muito. Quem demonstra responsabilidade em tarefas menores mostra preparo para receber missões maiores. O contrário também é verdadeiro: quem é negligente em pequenas coisas dificilmente estará pronto para grandes desafios.
Outro ponto importante é a prudência. Não basta apenas ser fiel; é preciso também agir com sabedoria. Prudência é pensar antes de agir, avaliar consequências, tomar decisões conscientes. O servo prudente sabe que cada escolha constrói seu futuro.
A parábola também traz um alerta sobre a tentação de viver de forma irresponsável quando ninguém está olhando. O servo infiel acreditava que teria tempo para mudar, mas foi surpreendido. Isso nos lembra que não sabemos quando a vida vai nos pedir contas, por isso precisamos estar preparados em todo tempo.
O ensino central é simples: a vida recompensa a fidelidade constante. O pouco de hoje pode ser o treinamento para o muito de amanhã.
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