Jesus contou a parábola de um homem que semeou trigo em seu campo, mas, durante a noite, um inimigo espalhou joio entre as plantas. Quando ambos começaram a crescer, os servos quiseram arrancar o joio imediatamente. O dono, porém, pediu que esperassem até a colheita, para que o trigo não fosse arrancado junto. Só então haveria separação: o trigo seria guardado, e o joio, queimado.
Esse relato traz uma lição prática sobre o mistério da convivência entre o bem e o mal. No campo da vida, nem sempre conseguimos distinguir claramente o que é útil do que é prejudicial. Muitas vezes, o que parece problema pode ensinar, e o que parece certo pode esconder enganos. O risco de julgar antes da hora é alto.
Na prática, a parábola nos lembra que nem tudo precisa ser resolvido de imediato. Há situações que exigem tempo para revelar sua verdadeira natureza. Pessoas, ideias, decisões — muitas só mostram seus frutos depois de amadurecer. Querer arrancar o joio antes da hora pode significar perder também o trigo.
Esse ensinamento também convida ao discernimento paciente. Em vez de reagir com impulsividade diante do mal, somos chamados a observar, avaliar e confiar no processo. Isso não significa passividade, mas sabedoria em reconhecer que certas batalhas só podem ser vencidas no tempo certo.
Aplicando à vida cotidiana, o joio e o trigo podem representar:
Pensamentos: nem todo impulso que surge merece ser seguido; alguns precisam ser observados até que se revelem vazios.
Relações: algumas pessoas mostram quem realmente são apenas com o tempo. A pressa em julgar pode levar a injustiças ou decepções.
Projetos: nem todo insucesso inicial é joio; às vezes é parte do crescimento que, mais tarde, dará fruto.
A parábola também reforça uma visão espiritual: o julgamento final não cabe ao ser humano, mas a Deus. O papel que nos cabe é cultivar o trigo e não permitir que o joio nos desvie da colheita.
No fim, o segredo está em confiar que o tempo revelará o que é verdadeiro.
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