No Evangelho de João, Jesus se apresenta como o Bom Pastor. Ele descreve a diferença entre aquele que cuida das ovelhas e o mercenário que está ali apenas por interesse. O mercenário, ao ver o perigo, foge e deixa as ovelhas à própria sorte. Já o bom pastor permanece, protege e, se necessário, entrega a própria vida por elas.
Essa parábola traz uma das metáforas mais belas do cuidado e da liderança. As ovelhas, frágeis e dependentes, reconhecem a voz do pastor e confiam nele. O bom pastor não guia pelo medo, mas pela proximidade e pelo vínculo. Sua presença gera segurança, e sua dedicação mostra que cada ovelha importa.
O ensinamento vai além da imagem rural. Ele fala sobre responsabilidade em qualquer posição de liderança: família, trabalho, comunidade. Ser líder não é apenas ocupar um título, mas cuidar, estar presente e não abandonar nos momentos difíceis.
Na prática, a parábola confronta uma realidade comum: muitos querem os privilégios da liderança, mas não assumem o peso dela. O verdadeiro líder não se mede pelo discurso, mas pela disposição de permanecer quando seria mais fácil fugir.
Outro ponto importante é a relação pessoal entre pastor e ovelhas. Jesus diz que o Bom Pastor chama cada uma pelo nome. Isso mostra que liderança de verdade não trata pessoas como números, mas reconhece sua individualidade e valor.
Além disso, a parábola nos lembra de que o exemplo do pastor é guia para as ovelhas. O modo como ele age define a confiança que transmite. Essa verdade ecoa em qualquer ambiente: os liderados se inspiram mais no que veem do que no que escutam.
No fundo, a mensagem é clara: o bom líder não abandona. Ele permanece quando o risco aparece, protege quando o perigo se aproxima e se doa pelo bem daqueles que confia cuidar.
A parábola do Bom Pastor é um convite para revermos a forma como conduzimos responsabilidades: estamos agindo como pastores ou como mercenários?
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