No Evangelho de Lucas, Jesus disse: “Ninguém acende uma candeia para colocá-la debaixo de um vaso ou debaixo da cama. Ao contrário, coloca-a no candeeiro, para que todos que entram vejam a luz”.
Essa parábola é simples e direta, mas traz um ensinamento profundo: a luz foi feita para brilhar. A candeia representa tudo aquilo que recebemos de bom — dons, talentos, aprendizados, fé, sabedoria, experiências. Quando escondemos isso, não apenas deixamos de cumprir um propósito, mas também privamos outras pessoas de serem beneficiadas pela nossa luz.
O ato de esconder a candeia simboliza o medo, a insegurança ou a acomodação. Quantas vezes deixamos de usar o que temos porque achamos pouco, porque não queremos chamar atenção ou porque acreditamos que ninguém vai notar? Essa parábola mostra que até mesmo uma chama pequena tem poder de dissipar a escuridão.
Outro ponto importante é que a luz não existe para si mesma. A candeia não ilumina a si, mas o ambiente ao redor. Da mesma forma, nossos talentos e conquistas não têm sentido se usados apenas em benefício próprio. O verdadeiro valor da luz está em iluminar caminhos, orientar passos e trazer esperança a outros.
Essa parábola também nos lembra de que luz escondida é luz desperdiçada. Não basta carregar dentro de si potencial, é preciso colocá-lo em evidência, mesmo que isso exija coragem. Às vezes, o simples ato de compartilhar uma palavra, uma atitude ou um exemplo já é suficiente para transformar o ambiente de alguém.
A grande questão levantada por Jesus é: o que você tem feito com a sua luz? Está deixando-a escondida, guardada por medo ou insegurança, ou está permitindo que brilhe, iluminando não só sua vida, mas a de quem está ao redor?
No fim, a parábola da candeia é um chamado à autenticidade e à coragem. O mundo não precisa de luzes escondidas — precisa de pessoas dispostas a brilhar no lugar em que estão.
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