“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.” (João 1:1)
O evangelho de João começa de forma única. Enquanto Mateus e Lucas apresentam a genealogia de Jesus e Marcos inicia falando do ministério de João Batista, João abre seu texto apontando para a eternidade. Ele não fala apenas do nascimento de Jesus em Belém, mas declara que o Filho já existia desde o princípio, junto com Deus, sendo Ele mesmo Deus.
A palavra usada aqui, “Verbo” ou “Palavra” (no original, Logos), é carregada de significado. Para os judeus, remetia à voz criadora de Deus que trouxe o universo à existência em Gênesis. Para os gregos, Logos era o princípio racional que dava sentido ao mundo. João une esses conceitos e mostra que a Palavra criadora e o sentido de todas as coisas se encontram em uma pessoa: Jesus Cristo.
Isso muda nossa forma de enxergar quem é Jesus. Ele não é apenas um mestre sábio ou um profeta inspirado. João declara que Ele é eterno, divino e estava ativo desde o princípio de todas as coisas. O mesmo que criou o universo é aquele que entrou na história humana para nos resgatar.
Essa revelação nos ensina algo profundo: Jesus não é uma ideia ou apenas uma figura histórica, mas o próprio Deus que se fez carne. Ele não surgiu em um momento específico da história, mas sempre existiu. Quando escolheu habitar entre nós, mostrou de forma concreta quem é Deus e como Ele age.
João 1:1 também nos convida a refletir sobre a base da nossa fé. Se Jesus é o Verbo eterno, significa que tudo encontra sentido n’Ele. A vida, a criação, a história e até mesmo nossos próprios caminhos têm propósito porque estão ligados a Ele.
Esse versículo nos lembra que, antes mesmo de qualquer circunstância da nossa vida, Jesus já existia e já tinha um plano. Confiar n’Ele é descansar na certeza de que nossa fé não está em algo passageiro, mas no Deus eterno.
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