Em 2004, o engenheiro turco Orkut Büyükkökten, funcionário do Google, desenvolveu uma rede social como projeto experimental. O objetivo era simples: criar um espaço digital onde as pessoas pudessem se conectar, compartilhar interesses e formar comunidades. O que começou como uma experiência rapidamente se tornou um fenômeno global, especialmente no Brasil e na Índia.
O Orkut conquistou os usuários com recursos inovadores para a época. Perfis personalizados, recados nos “scraps”, depoimentos de amigos e, principalmente, as famosas comunidades, onde milhões de pessoas se reuniam em torno de temas sérios ou divertidos. Frases como “Eu odeio acordar cedo” ou “Eu amo chocolate” se tornaram símbolos de identidade digital de uma geração.
No Brasil, o sucesso foi avassalador. O Orkut se tornou praticamente sinônimo de internet. Era o lugar onde amizades eram fortalecidas, relacionamentos nasciam e onde muitos tiveram seu primeiro contato com a vida online social. O impacto cultural foi tão grande que o país chegou a concentrar mais de 50% dos usuários da plataforma.
Apesar da popularidade, a rede começou a perder espaço com a chegada de novos concorrentes, especialmente o Facebook, que oferecia uma experiência mais moderna e integrada. O Orkut tentou se atualizar, mas as mudanças vieram tarde demais. Em 2014, o Google anunciou o fim da plataforma, deixando milhões de brasileiros nostálgicos.
Mesmo após o encerramento, o Orkut deixou um legado único. Para muitos, foi o primeiro contato com o poder das redes sociais e a sensação de pertencer a uma comunidade digital global. A experiência marcou profundamente uma geração e abriu caminho para a forma como usamos internet hoje.
A história do Orkut mostra que, mesmo projetos que chegam ao fim, podem impactar vidas e criar memórias duradouras. Ele não foi apenas uma rede social: foi um marco cultural que definiu a forma como nos conectamos no início do século XXI.
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