Fundada em 1888 por George Eastman, a Kodak revolucionou a fotografia ao lançar a famosa frase: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”. Pela primeira vez, a fotografia se tornou acessível ao público comum. Durante décadas, a marca dominou o mercado com câmeras acessíveis e, principalmente, com a venda de filmes fotográficos, que se tornaram sua verdadeira fonte de lucro.
No século XX, a Kodak era praticamente sinônimo de fotografia. Suas câmeras registraram memórias de milhões de famílias e momentos históricos. O sucesso parecia inabalável. Porém, em 1975, um engenheiro da própria empresa criou o primeiro protótipo de câmera digital do mundo. Em vez de abraçar a inovação, os executivos da Kodak a rejeitaram, temendo que a novidade destruísse o lucrativo mercado de filmes fotográficos.
Essa decisão se tornaria fatal. Enquanto concorrentes como Sony, Canon e Nikon investiam em tecnologia digital, a Kodak permanecia presa ao passado. Nos anos 1990, ainda tentou lançar câmeras digitais, mas sem a ousadia e a velocidade necessárias para competir.
A virada do milênio trouxe o golpe final. Com a popularização das câmeras digitais e, depois, dos smartphones, a venda de filmes despencou. Em 2012, atolada em dívidas e incapaz de se reinventar, a Kodak declarou falência.
A ironia da história é que a própria Kodak havia inventado a tecnologia que a destruiu. Seu erro não foi falta de inovação, mas a incapacidade de abandonar um modelo de negócios que parecia seguro.
Apesar da queda, a marca não desapareceu completamente. Reestruturada, hoje atua em segmentos de impressão e tecnologia, tentando manter vivo o legado. Mas a lição permanece: empresas que não abraçam a mudança correm o risco de se tornarem prisioneiras do próprio sucesso.
A Kodak, que durante décadas foi sinônimo de eternizar memórias, acabou se tornando memória de si mesma.
Compartilhe para que mais pessoas conheçam como a Kodak, mesmo sendo pioneira, acabou vítima da própria resistência à inovação.