“No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gênesis 1:1)
O primeiro versículo da Bíblia é curto, mas carrega uma profundidade incalculável. Em apenas algumas palavras, ele estabelece três verdades essenciais: o tempo — “no princípio”, o Autor — “Deus”, e a obra — “os céus e a terra”. É o ponto de partida de toda a narrativa bíblica e, de certa forma, da própria história da humanidade.
Quando lemos “no princípio”, somos lembrados de que o tempo não começou por acaso, mas pela vontade de Deus. O universo não surgiu de improviso ou de forças cegas; ele tem origem, ordem e propósito. Essa simples declaração já responde a uma das maiores perguntas da vida: de onde viemos? Viemos de Deus.
O texto também aponta para o caráter criador de Deus. Ele não apenas existe, mas age. Ele é o protagonista absoluto do início de tudo. Não há disputa de poder ou mitologia complexa: apenas Deus, criando pela Sua palavra. Isso nos ensina que tudo o que existe tem fundamento n’Ele e depende d’Ele para subsistir.
A criação dos céus e da terra mostra que nada está fora do alcance de Sua autoridade. O céu, que representa o espiritual e o infinito, e a terra, que simboliza o concreto e o palpável, ambos são obra de Suas mãos. Ou seja, Ele governa tanto sobre aquilo que não vemos quanto sobre aquilo que faz parte do nosso dia a dia.
Para a fé cristã, Gênesis 1:1 é mais do que um relato histórico; é uma afirmação teológica. Esse versículo nos lembra que nossa vida não está solta ao acaso. Se Deus foi capaz de trazer à existência todo o universo, também é capaz de sustentar e direcionar a nossa vida. O mesmo Deus que criou céus e terra é quem continua criando novas possibilidades, novos começos e novas histórias.
Assim, o primeiro versículo da Bíblia não é apenas sobre o passado, mas sobre o presente. Ele nos convida a confiar que, se tudo começa em Deus, é n’Ele também que tudo encontra sentido.
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