À beira de um rio caudaloso, um escorpião pediu ajuda a um sapo.
— Preciso atravessar, mas não sei nadar. Você poderia me carregar em suas costas?
O sapo desconfiou imediatamente.
— Você é um escorpião. Se eu deixar você subir, vai me picar, e eu morrerei.
O escorpião, em tom persuasivo, respondeu:
— Isso não faria sentido! Se eu te picar no meio do rio, nós dois morreremos. Pode confiar, eu só quero atravessar.
Convencido pela lógica, o sapo permitiu que o escorpião subisse. No início, a travessia parecia tranquila. Mas, no meio do caminho, o escorpião, levado por sua natureza, cravou o ferrão nas costas do sapo.
Sentindo a morte se aproximar, o sapo, atônito, perguntou:
— Por que você fez isso? Agora morreremos os dois!
E o escorpião respondeu:
— Eu não pude evitar. Essa é a minha natureza.
Ambos afundaram nas águas profundas.
Essa fábula, simples e dura, revela uma verdade desconfortável: certas naturezas não podem ser mudadas. É comum acreditarmos que, com paciência, carinho ou razão, podemos transformar alguém. Mas, em alguns casos, a essência destrutiva permanece, e confiar cegamente pode custar caro.
O sapo representa a inocência de quem, mesmo sabendo do risco, escolhe acreditar contra as evidências. O escorpião simboliza tudo aquilo que, por mais que tente parecer diferente, sempre volta à sua verdadeira essência.
O ensinamento é um alerta para a vida: precisamos reconhecer sinais, respeitar limites e entender que confiança não pode ser cega. Algumas escolhas, quando feitas sem discernimento, podem levar a consequências irreversíveis.
“O Sapo e o Escorpião” nos lembra que, embora todos mereçam oportunidades, é preciso sabedoria para discernir quando a confiança pode ser perigosa.
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