Em uma pequena fazenda, um rato descobriu que o fazendeiro havia colocado uma ratoeira na cozinha. Desesperado, correu para avisar os outros animais.
Primeiro, falou com a galinha:
— Há uma ratoeira na casa!
A galinha, indiferente, respondeu:
— Isso não me afeta. É problema seu, não meu.
O rato então procurou o porco e contou a novidade. O porco, preocupado apenas consigo, disse:
— Sinto muito, mas não há nada que eu possa fazer. Isso não me atinge.
Por fim, o rato falou com a vaca. Ela apenas riu:
— Uma ratoeira pequena como essa não pode me prejudicar. Boa sorte!
Desolado, o rato voltou sozinho para o seu buraco.
Naquela noite, a ratoeira foi acionada. Mas, em vez de capturar o rato, prendeu a cauda de uma cobra venenosa que circulava pela cozinha. A esposa do fazendeiro, ao verificar o barulho, foi mordida.
Doente, precisou de cuidados. Para alimentá-la, o fazendeiro matou a galinha. Como a doença se agravou, vieram parentes e amigos ajudá-la. Para recebê-los, o fazendeiro matou o porco. Pouco depois, quando a esposa faleceu, a vaca foi abatida para o banquete do funeral.
O rato, escondido em sua toca, assistiu triste a tudo. Todos os animais que ignoraram seu aviso acabaram sofrendo as consequências.
Essa fábula traz uma lição poderosa: nenhum problema é apenas do outro. Estamos todos conectados, e o sofrimento de alguém pode rapidamente se transformar em desafio para todos ao redor. Quando ajudamos a resolver o problema do próximo, também estamos protegendo a nós mesmos.
Ignorar não nos torna seguros; pelo contrário, nos torna vulneráveis. A solidariedade é uma forma de sabedoria.
A “Fábula do Rato e a Ratoeira” nos lembra que viver em comunidade exige responsabilidade mútua. Apoiar o outro é, em última análise, apoiar a si mesmo.
Se essa fábula fez você refletir, compartilhe em suas redes sociais e ajude mais pessoas a entenderem a importância de olhar para os problemas coletivos. Quanto mais cooperamos, mais seguros e fortes todos nós nos tornamos.