Um rato do campo vivia modestamente, comendo grãos e raízes que encontrava. Sua vida era simples, mas tranquila. Certo dia, recebeu a visita de seu primo, o rato da cidade, que zombou de sua rotina:
— Como você pode viver assim, comendo tão pouco e sem nenhum conforto? Venha comigo para a cidade. Lá, a comida é farta e variada, e você conhecerá o verdadeiro prazer.
Curioso, o rato do campo aceitou o convite. Chegando à cidade, foi levado a uma casa luxuosa, onde havia uma mesa repleta de queijos, pães e frutas. Deslumbrado, o rato do campo mal acreditava no banquete diante de si.
Ambos começaram a comer com alegria, mas de repente a porta se abriu e um gato enorme entrou. Assustados, correram em disparada e quase foram pegos. Mal tiveram tempo de respirar quando, minutos depois, um cachorro surgiu, fazendo-os fugir novamente.
Ofegante e trêmulo, o rato do campo olhou para o primo e disse:
— Entendo agora sua vida. Você tem banquetes, mas vive cercado de medo. Prefiro minha simplicidade no campo, onde não há luxo, mas tenho paz.
Essa fábula traz um ensinamento profundo: não adianta viver em abundância se o preço for constante insegurança. Muitas vezes, a vida simples, ainda que sem grandes excessos, oferece algo mais valioso: tranquilidade.
O rato da cidade representa o desejo por luxo e status, mas também o medo que acompanha essas conquistas. O rato do campo simboliza a simplicidade, que pode parecer pobre aos olhos de alguns, mas guarda a riqueza da liberdade e da paz.
Na vida, todos somos convidados a escolher: viver na correria, cercados de perigos e ansiedades em busca do “banquete”, ou valorizar a serenidade das coisas simples, que talvez não impressionem, mas sustentam a alma.
“O Rato da Cidade e o Rato do Campo” nos lembra que o verdadeiro valor da vida não está na quantidade, mas na qualidade daquilo que vivemos.
Gostou da fábula? Compartilhe e ajude mais pessoas a pensarem sobre o que realmente vale mais: luxo com medo ou simplicidade com paz.