Um velho, um menino e um burro seguiam viagem juntos. No início, o menino montava no animal enquanto o velho caminhava. Passando por um grupo de pessoas, ouviram:
— Que absurdo! Um menino forte em cima do burro e o senhor idoso andando? Falta de respeito!
Com vergonha, o menino desceu e o velho subiu.
Logo adiante, outro grupo comentou:
— Que egoísmo! Um homem adulto montado enquanto a criança caminha cansada?
Trocaram de posição: ambos montaram no burro.
Mais à frente, alguém gritou:
— Coitado do burro! Dois em cima, vão matar o bicho!
Então os dois desceram e foram andando, puxando o burro.
E adivinha?
— Que tolice! Têm um burro e andam a pé?
No fim da história, o velho olha para o menino e diz:
— Está vendo? Tentar agradar a todos só nos fez confusos e cansados. Faça o que é certo pra você, e não o que os outros esperam.
Essa fábula parece simples, mas carrega uma das lições mais difíceis de aplicar: você nunca vai agradar todo mundo. Sempre vai ter alguém achando pouco, achando muito, achando errado — mesmo que você esteja tentando acertar.
Viver em função da opinião alheia é um caminho perigoso. Rouba sua liberdade, desgasta sua energia e distorce sua bússola interna. Quando tudo é sobre “o que vão pensar?”, você para de pensar por si mesmo.
Isso não é um convite pra viver no egoísmo. Mas sim pra encontrar um ponto de equilíbrio: ouvir críticas úteis, sim. Mas seguir seus valores, suas intenções, sua verdade. A sabedoria está em discernir o que é conselho e o que é ruído.
No fim, você não vai ser lembrado por ter agradado a todos. Vai ser lembrado por ter vivido com coerência.
Se essa história te trouxe alívio ou clareza, compartilha com quem anda se perdendo tentando acertar pra todo mundo. Pode ser exatamente o que ele precisava ouvir hoje.