Um lobo certo dia comeu apressadamente um pedaço de carne e acabou com um osso preso em sua garganta. Agoniado, sem conseguir respirar direito, começou a pedir ajuda desesperadamente.
Encontrou então uma cegonha e implorou:
— Por favor, use seu longo bico e retire o osso que está me sufocando. Se me ajudar, eu recompensarei sua bondade.
A cegonha, com medo, hesitou. Mas, diante da súplica do lobo, decidiu ajudá-lo. Com cuidado, introduziu seu bico na garganta do animal e retirou o osso, salvando-lhe a vida.
Aliviado, o lobo respirou fundo. A cegonha, então, perguntou:
— E a recompensa que me prometeu?
O lobo olhou friamente e respondeu:
— Recompensa? Você já deveria estar feliz por ter colocado sua cabeça dentro da minha boca e ainda estar viva. Vá embora antes que eu mude de ideia.
A cegonha saiu dali indignada, mas também mais sábia. Aprendeu que nem toda ajuda é reconhecida e que, em alguns casos, a gratidão simplesmente não existe.
Essa fábula traz um alerta direto: ajudar é um gesto nobre, mas também é preciso ter discernimento. Existem pessoas que recebem apoio, mas não reconhecem o esforço alheio. Pior ainda, algumas podem responder com ingratidão, ou até mesmo com hostilidade.
O lobo representa aqueles que pensam apenas em si, incapazes de agradecer ou valorizar o que receberam. A cegonha simboliza a bondade inocente, que aprendeu pela dor que nem todos merecem confiança.
“O Lobo e a Cegonha” nos lembra de que a generosidade é essencial, mas precisa ser acompanhada de sabedoria. Ajudar é bonito, mas é importante discernir quem realmente valoriza a ajuda e quem pode transformar o gesto em risco.
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