Em um galho alto de uma árvore, um corvo encontrou um pedaço de queijo. Orgulhoso de sua conquista, segurava-o firme no bico, pronto para saborear.
A raposa, que passava por ali, sentiu o cheiro do queijo e logo desejou roubá-lo. Porém, como não podia alcançar o galho, decidiu usar a astúcia. Aproximou-se do corvo e, com voz doce, começou a falar:
— Que ave magnífica você é! Suas penas brilham ao sol como nenhuma outra. Deve ser, sem dúvida, o rei dos pássaros!
O corvo, envaidecido, ouviu em silêncio. A raposa continuou:
— Só falta uma coisa para confirmar sua grandeza: ouvir sua voz. Tenho certeza de que é tão bela quanto sua aparência.
Tomado pelo desejo de mostrar seu canto, o corvo abriu o bico para soltar sua voz. No mesmo instante, o queijo caiu. A raposa o pegou rapidamente e, antes de partir, disse:
— Meu amigo, cuidado com quem elogia demais. Nem sempre é sinceridade — muitas vezes, é interesse.
O corvo, humilhado, aprendeu a lição tarde demais.
Essa fábula nos alerta para o poder da bajulação. Os elogios em excesso podem ser armadilhas, usados para manipular e conseguir vantagens. Nem sempre quem exalta nossas qualidades quer nosso bem; às vezes, apenas busca explorar nossas vaidades.
Na vida real, é importante distinguir o elogio sincero, que incentiva e fortalece, da lisonja manipuladora, que tem segundas intenções. Quando acreditamos em tudo o que ouvimos sem questionar, corremos o risco de perder o que temos de mais valioso — como o corvo perdeu seu queijo.
“O Corvo e a Raposa” nos ensina que a vaidade pode ser uma fraqueza perigosa. O verdadeiro valor não está em buscar aprovação constante, mas em ter discernimento para reconhecer quem realmente nos valoriza.
Se essa fábula trouxe reflexão para você, compartilhe e ajude mais pessoas a ficarem atentas ao peso da bajulação. Às vezes, o excesso de elogios pode esconder intenções que nada têm de verdadeiras.