O Cão e a Sombra – Quem Muito Quer, Tudo Perde

Um cão havia acabado de encontrar um belo pedaço de carne. Feliz com sua conquista, pegou-o entre os dentes e saiu para saborear em um lugar tranquilo. No caminho, precisou atravessar uma ponte sobre um rio.

Ao olhar para a água, viu o reflexo de outro cão carregando também um pedaço de carne. Não percebeu que era apenas sua própria imagem refletida. Acreditando que o outro tinha uma carne ainda maior e mais suculenta, sentiu o desejo de possuí-la.

Movido pela ganância, o cão latiu para o reflexo na água. Ao abrir a boca, deixou cair o pedaço de carne que realmente tinha. A correnteza levou embora o alimento, e ele ficou sem nada.

Essa fábula revela uma verdade simples e profunda: quem se deixa dominar pela ganância, querendo sempre mais do que já possui, acaba muitas vezes perdendo tudo. O cão não soube valorizar o que tinha em suas mãos e foi enganado por uma ilusão.

Na vida, quantas vezes nos deixamos levar pelo desejo do que parece maior ou melhor? Em busca de algo que nem sempre é real ou necessário, deixamos escapar o que já possuímos de concreto e valioso. Essa corrida interminável atrás de reflexos pode nos custar a verdadeira riqueza: a gratidão pelo que já está em nossas mãos.

“O Cão e a Sombra” nos lembra que a comparação e a ganância são armadilhas perigosas. Sempre haverá algo que pareça melhor ou mais atraente, mas isso não significa que devemos abandonar o que já conquistamos. O equilíbrio está em saber apreciar o que temos, sem cair na ilusão de que o reflexo do outro é mais precioso.

A verdadeira sabedoria não está em acumular sem limites, mas em reconhecer o valor do presente e não se deixar enganar pelo desejo sem medida.

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