Um fazendeiro seguia pela estrada com dois animais: um burro e um cavalo. Ambos carregavam cargas, mas o peso sobre o burro era bem maior. Com o passar das horas, o burro começou a se cansar e pediu ao cavalo:
— Irmão, me ajude a carregar parte desse fardo. Está pesado demais para mim.
O cavalo, orgulhoso, recusou:
— Cada um deve suportar sua própria carga. Esse problema é seu, não meu.
O burro, sem escolha, continuou seu caminho. Mas, exausto pelo peso, acabou caindo no chão, sem forças para se levantar. O fazendeiro, vendo que o burro não poderia continuar, transferiu toda a carga para o cavalo.
O cavalo, que antes se negara a ajudar, agora tinha de carregar não apenas o peso original do burro, mas também o seu próprio. O que poderia ter sido aliviado com solidariedade tornou-se um fardo ainda maior.
Essa fábula revela uma verdade clara: quando negamos ajuda a quem precisa, o problema não desaparece — ele cresce e, muitas vezes, acaba voltando para nós de forma multiplicada. A recusa em dividir responsabilidades pode nos transformar em vítimas da nossa própria indiferença.
Na vida, todos enfrentam momentos de peso excessivo. Nessas horas, o apoio mútuo faz diferença. O cavalo poderia ter dividido parte da carga e seguido mais leve ao lado do burro. Mas, ao se recusar, acabou aprendendo que o egoísmo pode trazer consequências maiores do que imaginava.
“O Burro e o Cavalo” nos lembra da importância da solidariedade. Ajudar não significa assumir tudo sozinho, mas oferecer apoio antes que seja tarde. É melhor dividir o peso no início do caminho do que ser forçado a carregá-lo em dobro no fim.
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