“Sejam fortes e corajosos. Não tenham medo nem fiquem apavorados por causa delas, pois o Senhor, o seu Deus, vai com vocês; nunca os deixará, nunca os abandonará.” (Deuteronômio 31:6)
Este versículo foi pronunciado por Moisés quando já não poderia mais liderar o povo de Israel. Ele preparava a transição para Josué e lembrava ao povo que sua confiança não deveria estar em um líder humano, mas em Deus. A jornada até a Terra Prometida ainda teria desafios, mas a promessa de presença divina era a maior garantia de vitória.
A ordem é dupla: “sejam fortes e corajosos”. Isso mostra que a coragem não é apenas uma emoção espontânea, mas uma escolha. Mesmo em meio ao medo, é possível decidir enfrentar, porque existe uma base segura. Essa base não é autoconfiança, mas a certeza de que Deus vai junto.
O texto ainda reforça: “nunca os deixará, nunca os abandonará”. Essa repetição não é casual, mas pedagógica. Deus conhece nossa tendência de esquecer ou duvidar quando as dificuldades apertam. Por isso, repete a promessa para que ela fique gravada no coração.
Na prática, essa palavra nos lembra que a fé não remove os obstáculos, mas transforma a forma como os enfrentamos. Saber que Deus está presente não elimina os riscos, mas dá coragem para seguir adiante sem se paralisar.
Muitas vezes, nossa maior luta é contra a sensação de solidão. Quando enfrentamos problemas, é comum pensar que fomos deixados para trás. Deuteronômio 31:6 responde a esse sentimento: nunca estamos sozinhos. O mesmo Deus que guiou Israel continua conosco hoje, em cada desafio pessoal.
Esse versículo também nos ensina a diferenciar confiança em pessoas de confiança em Deus. Líderes mudam, circunstâncias variam, mas a presença do Senhor é permanente. Por isso, a coragem não deve se basear em fatores externos, mas na fidelidade de Deus.
A coragem verdadeira nasce dessa consciência: não caminhamos sozinhos. E é exatamente isso que dá força para atravessar qualquer deserto ou enfrentar qualquer inimigo.
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